Poesia de Aniversário da Cidade
Letra: José Vicente Dalmolin
Nioaque, flor pequenina do Brasil,
Nasceu sob o enigma das Estradas e Bandeiras,
Dos braços do colonizador bravo, corajoso e gentil,
É hoje uma cidade amiga e hospitaleira.
Nioaque, é orgulho por ser uma terra pioneira,
O inimigo venceu todas as enlaçadas,
Do isolamento vem deixando de ser prisioneira,
E contra ele vence todas as emboscadas.
Nioaque, é o nosso próprio coração,
A mãe da nossa Capital,
Orgulhamo-nos por sermos irmãos,
No mais alto sublime ideal.
Lendas
Nioaque, por ser uma cidade histórica, possui muitas lendas que até hoje são questionadas a respeito de sua veracidade. Entre elas estão: Lenda do Sino, do Padre, do Esqueleto do Burro, dos Esqueletos Humanos, do Saci, enterros, o cemitério e falecimentos.
Lenda do Sino – O surgimento dessa lenda começa com as duas invasões paraguaias em Nioaque. A tradição diz que na ocasião da primeira invasão guarani, os paraguaios retiraram o sino da pequena capela e colocaram em uma das suas carretas para levarem para o Paraguai. Porém, na passagem sobre o Rio Nioaque, a carreta virou e o sino caiu sob as águas do rio e encontra-se lá até hoje. Contam ainda que o sino era de ouro maciço e que muitos mergulhadores equipados já tentaram encontrá-lo.
Lenda do Padre – Dizem que Nioaque não se desenvolve porque foi amaldiçoada por um Padre que ajudou a fundar a cidade. Durante a invasão paraguaia, o Padre foi enterrado vivo quando foi interceder para que não destruíssem a cidade e não profanassem o templo sagrado, a Igrejinha. O Padre indignado com as perversidades, antes de morrer disse:
-“Maldita seja esta cidade!” Nioaque quase não tem desenvolvido?
Lenda do Esqueleto do Burro – Contam que durante uma invasão paraguaia foi feito uma mandinga com ossos de burro para que a cidade não prospere. Seu desenvolvimento será sempre lento.
Lenda dos Esqueletos Humanos – Em muitos terrenos da zona urbana de Nioaque, quando vão cavar para fazer o alicerce de algum imóvel ou reformar casas antigas são, freqüentemente, encontrados restos de sepulturas humanas. Dizem que muitos são de mortos da Guerra do Paraguai.
Enterros – Há muitos enterros de jóias e moedas antigas de ouro e prata em terrenos espalhados na cidade e outros com imóveis construídos em cima do “tesouro”. Ninguém consegue arrancá-los, somente a quem for destinado.
Falecimentos I – É tradição entre os moradores mais antigos que quando alguém morre, imediatamente, falecerá outra e assim sucessivamente.
Falecimento II – Moradores antigos e documentos comprovam que até o ano de 1940, desde a fundação da Cidade, morria muito mais pessoas por assassinato e suicídio do que por morte natural.
Lenda do Saci Pererê – Muitas pessoas acreditam que o saci existe, falam que ouvem seu assobio, que ele mexe nas coisas e carrega crianças. É costume de alguns oferecerem um pedaço de fumo sobre um tronco de árvore cortado, para pedir-lhe ajuda quando se perde algum objeto.
O Cemitério – A história sobre o cemitério não se constitui numa lenda propriamente dita, por ser um fato histórico e rural. O atual cemitério é a única presença viva que sobrou do tempo de fundação da cidade de Nioaque e que sobreviveu com a Guerra do Paraguai e com o passar dos tempos. Segundo o próprio Visconde de Taunay, o cemitério serviu de esconderijo para as tropas paraguaias durante a segunda ocupação nioaquense.
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