sábado, 16 de novembro de 2013
Lenda de Guilherme Tell
A Lenda de Guilherme Tell
Com certeza você já deve ter visto alguma referência a uma antiga cena clássica onde um arqueiro tenta acertar uma flecha em uma maçã disposta na cabeça de alguém. Sei que existe diversas variações desse mesmo tema (até a turma do Chaves já representou uma versão), mas a ideia é basicamente essa.
E você saberia dizer onde surgiu esse conceito?
Na verdade essa cena é extraída da lenda de Guilherme Tell, que traduzindo em miúdos, foi uma espécie de Robin Hood suiço mais underground, com uma história menos heroica e um pouco mais sangrenta. Talvez por isso nunca tenha sido tão famoso quanto o inglês.
Porque eu estou desenterrando tudo isso? Por nada em especial... Simplesmente porque me lembrei desse grande 'personagem' por esses dias, e fiquei curioso em saber do porque não haver filmes ou mesmo alguma serie de TV atuais sobre sua brilhante história.
Talvez esse texto seja apenas uma tentativa jocosa de tirar essa lenda do ostracismo. Então, para início de conversa, seria importante você conhecer um pouco mais sobre a lenda de Guilherme Tell.
A LENDA
'Guilherme Tell foi um herói lendário do início do século XIV, de disputada autenticidade histórica, que se pensa ter vivido no cantão de Uri, na Suíça. O nome Guilherme Tell surge tipicamente associado à guerra de libertação nacional da Suíça face ao império Habsburgo da Áustria.
Guilherme era conhecido como um especialista no manejo da besta. Na época, os imperadores Habsburgos lutavam pelos domínios de Uri e, para testar a lealdade do povo aos imperadores, Hermann Gessler, um governador austríaco tirano, pendurou em um poste um chapéu com as cores da Áustria, numa praça de Altdorf. Todos que por lá passassem teriam de fazer uma reverência como prova de seu respeito. O chapéu era guardado por soldados que se certificariam que as ordens do governador fossem cumpridas.
Um dia, Guilherme e seu filho passaram pela praça e não saudaram o chapéu. Prenderam-no imediatamente e levaram-no à presença do governador que, reconhecendo o homem, o fez, como castigo, disparar a besta em uma maçã na cabeça de seu próprio filho. Tell tentou dialogar sem sucesso, o governador ameaçaria ainda matar ambos, caso não o fizesse.
Tell foi assim trazido para a praça de Altdorf, escoltado por Gessler e os seus soldados. O filho de Guilherme foi atado a uma árvore, e a maçã foi colocada na sua cabeça. Contaram-se 50 passos. Tell carregou a besta, fez pontaria calmamente e disparou. A seta atravessou a maçã sem tocar no rapaz, o que levaria a população a aplaudir os dotes do corajoso arqueiro.
Não obstante, Guilherme trazia uma segunda seta. Gessler, ao vê-la, perguntou por que ele a trazia. Guilherme respondeu: "Seria para atravessar o seu coração, caso a primeira seta matasse o meu filho".
Indignado, Gessler mandou o rebelde para a prisão alegando que dignaria a sua promessa deixando-o viver — mas preso, no castelo de Küsnacht. Guilherme foi levado acorrentado de imediato para um barco em Flüelen, onde esperou que Gessler e seus soldados embarcassem. Não muito distante do porto, deu-se uma tempestade. O Föhn, um vento do Sul, causava ondas tão altas que dificultou a viagem, praticamente arremessando o barco contra as rochas.
Os que lá viajavam, assustados, gritaram: "Só Guilherme Tell nos pode salvar!". Gessler libertou Tell, que conduziu o barco em segurança ao sopé da Montanha Axenberg, perto de uma rocha chamada Tellsplatte.
Quando amarrou, Tell tirou uma lança a um soldado, saltou do barco e fugiu pelo cantão de Schwyz. Gessler conseguiu sobreviver à tempestade e chegou ao castelo de Küsnacht.
Nessa mesma noite, Tell teria se escondido em arbustos de um beco que levaria à residência do governador. Assim que Gessler apareceu, Tell matou-o com uma seta da sua besta libertando o país da tirania do governador. Segundo a lenda, este evento marcou o início a revolta que ocorreu a 1 de Janeiro de 1308.'
como visto na wikipédia
Toda vez que vejo Hollywood anunciar um novo remake, eu me pergunto o porque de não usarem esse enredo já fechado e tão bem elaborado em um bom filme. Só porque não tem um romance barato no meio estragando a história?
Durante a minha infância no final da década de 80, algum canal de televisão da época (se não me engano, a extinta rede Manchete) exibia uma serie rudimentar intitulada As Aventuras de Guilherme Tell (no original: Crossbow), e é claro que eu adorava. Eu já jogava RPG e sempre caçava todo tipo de referencia medieval, que eram bem raras antes de estourar a trilogia Senhor dos Anéis. E até que essa série supria bem, de certa forma, essa falta de produções sobre o tema na época.
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