segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Lenda da mandioca




Contam os índios tuxaua que, há muito tempo atrás, a filha de um poderoso chefe foi expulsa de sua tribo porque havia ficado grávida misteriosamente. Ninguém (nem ela!) sabia quem era o pai da criança.

Por isso, a índia foi morar em uma velha cabana, bem longe da aldeia. Alguns parentes levavam comida para ela todos os dias. E assim se passaram muitos meses. Um dia, a índia deu à luz uma menina muito branca e muito bonita, a quem ela chamou de Mani.

Todos ficaram sabendo da notícia, e de como era branca e linda a neta do chefe! Cheio de curiosidade, o velho índio viajou até a cabana para ver Mani. A criança era mesmo muito especial. E o avô logo esqueceu as mágoas que tinha contra a filha!

A criança cresceu amada por todos. Mas, assim que completou três anos de idade, morreu de repente. Não ficou doente, nem fraquinha, nem nada. Apenas, morreu.


A mãe ficou desesperada, mas nada pode fazer. Assim, enterrou a filha perto da cabana e, ali, chorou, chorou e chorou, durante muitas horas. Suas lágrimas corriam pelo seu rosto e iam pingar no chão da floresta, no lugar onde Mani fora enterrada.

De repente, a pobre mãe viu uma brotar, num instante, da terra molhada, uma planta! Parecia um verdadeiro milagre, toda a tribo veio ver! As raízes da plantinha eram brancas, como Mani, e em forma de chifre.

Todos quiseram provar daquela raiz miraculosa. E foi assim que a mandioca ("Mani", a criança morta, e "aca", chifre) se tornou o principal alimento dos índios da Amazônia!                                                                       

                                                                         









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