A Besta-fera ou bestafera é um ser mítico do folclore português. A Besta-fera é um bicho feroz, de traços indefinidos comedor de gente que solta um rugido assustador. No sentido figurado é usado para se referir a uma pessoa cruel e sem coração. A Besta ladrador é referida na novela de Amadis de Gaula como sendo uma Besta-fera: "Fora-se Amadis a desafiar a medonha besta-fera no seu fojo de rochas". No adagiário popular diz-se que "Não há besta-fera que não se alegre com a sua companheira". Os historiadores davam o nome de "besta-fera" aos tumultos e revoltas da população furiosa. O mito deste animal fantástico terá sido levado para o Brasil pelos colonizadores portugueses. Também se diz que a Besta-fera é uma versão brasileira do centauro, e é muitas vezes empregada em sentido figurado para se referir a alguém que é extremamente irritado. Segundo a lenda, acredita-se que ele é o próprio Diabo, que sai do Inferno em noites de lua cheia. A Besta-fera tem o corpo de cavalo e o torso humano. Ele corre pelas aldeias, até encontrar uma tumba, na qual desaparece. O som de seus cascos é suficiente para aterrorizar as pessoas. Uma matilha de cães o segue; a Besta os chicoteia, e também a outros animais que encontra pelo caminho. Segundo a lenda, embora terrível, este homem-cavalo não é tão perigoso para as pessoas. A tradição diz que quando uma pessoa vê o seu rosto, ela enlouquece por vários dias, mas se recupera depois.
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