quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Lenda da Padeira de Aljubarrota





Lenda da Padeira de Aljubarrota

    Brites de Almeida era uma mulher feia, forte, com um estilo de homem. Ela nasceu em Faro e a sua família era muito pobre e humilde. Foi criada praticamente sozinha, ficou órfã aos vinte anos e não fazia mais nada se não andar metida em brigas e aprendeu a manejar a espada e o pau. Toda a gente tinha medo dela. Houve um soldado que estava encantado com a bravura dela e resolveu propor-lhe casamento. Ela a única condição que ela propôs foi lutarem antes do casamento, para ver se ele era forte. Só que ela venceu e ele ficou ferido de morte. Ela começou a ser perseguida pela justiça e fugiu para Castela. Mas na viagem, que foi de barco, foi capturada e foi vendida como escrava. Depois de muito trabalho conseguiu fugir com a ajuda de outros dois escravos portugueses. Mas na viagem de regresso houve uma nova tempestade e ela veio ter a praia da Ericeira, como era procurada pela justiça, para evitar ser apanhada cortou o cabelo, disfarçou-se de homem e fez a sua vida como se fosse um almocreve. Ao fim duns anos, já cansada, ela aceitou o trabalho de padeira, em Aljubarrota. Aí encontrou um homem honesto e calmo. Um lavrador com quem ela se casou. No dia 14 de Agosto de 1385 houve uma grande batalha, ela quando ouviu os clamores da guerra não conseguiu conter-se e pega no que tinha e vai ajudar os portugueses a lutar contra os Castelhanos. No fim, satisfeita com a vitória, regressa a casa para descansar, mas quando entrou em sua casa apercebeu-se que havia estranhos dentro da sua própria casa e o que resolveu fazer foi espreita… E viu dentro do forno um ruído e trás desse ruído descobriu sete Castelhanos que tinham fugido, ela não teve meias medidas e pega na pá com que cozia o pão e metia no forno e mata os sete castelhanos. Por essa razão esta mulher na região de Aljubarrota ficou conhecida como uma grande mulher e valente e “A Valente Padeira de Aljubarrota”. Que é ainda hoje nos dias 14 de Agosto que é feriado nessa região, ela é lembrada e existe uma pá que dizem ser a verdadeira, que não procissão, que é religiosa, costuma comemorar o dia da padeira de Aljubarrota.

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